A ultrassonografia na medicina Brasileira, iniciou-se por volta nos anos de 1970, como uma revolução para a medicina,principalmente para obstetrícia onde até então usávamos como recurso o Rx. No começo ultrassom foi considerado como uma ferramenta importantíssima ,de valor diagnóstico no acompanhamento da gestação . Sua evolução e penetração no meio médico aumentaram desde então consideravelmente, ampliaram-se a ponto de se constituir praticamente como uma sub-especialidade no campo do diagnóstico por imagem(1).
Na década de 70, temos relatos de três aparelhos que estavam localizados: no Recife/PE o aparelho Vidoson utilizado pelo Dr. Paulo Costa (médico-ginecologista), em seu consultório particular, no Casarão da Rosa e Silva, considerado pioneiro e proprietário do primeiro equipamento de ultrassom utilizado no Brasil, conforme reportagem da época, utilizado em ginecologia e obstetrícia(1). Em fevereiro de 1974, onde um programa apresentou reportagem e anunciou que o aparelho Vidoson 635, de propriedade da Maternidade de São Paulo. E no mesmo ano, a implantação do primeiro equipamento de ultrassom no Rio de Janeiro. O grupo médico era composto por professores de obstetrícia da Universidade Federal do Rio de Janeiro(1).
Desde então, o ultrassom tornou-se um equipamento de suma importância para as especialidades médicas, adicional de imagens tridimensionais, em tempo real e com os recursos do efeito Doppler. Permitindo investigações cada vez mais detalhadas e não invasivas que podem ser avaliadas quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.
Entre suas indicações o ultrassom é uma exame complementar seguro, não invasiva, de baixo custo e fácil acesso, usada para avaliar os órgãos internos e outras estruturas do corpo, e também para guiar biópsias dentre outras aplicações.
A ultrassonografia (ecografia ou ultrassom) é muito ampla em suas aplicações médicas. O campo de atuação da ecografia cresce continuamente. Além disso, o aprimoramento dos equipamentos é constante, acompanhando a evolução da eletrônica e da informática.
Finalmente, a ultrassonografia é um exame não invasivo e não cumulativo. Não tem efeito radioativo e, por não acumular a energia, pode ser indicado repetidamente, sempre que for necessário. É claro que as todas as normas de segurança devem ser obedecidas: os exames devem ser realizados com sempre indicação do médico de assistencia, o tempo de avaliação deve ser o menor possível e os padrões técnicos devem ser respeitados.
Dentre os principais exames , podemos citar:
Ecografia abdominal total
Ecografia de abdomen superior
Ecografia bolsa testicular
Ecografia cervical ou de pescoço
Ecografia tireoide
Ecografia glandulas salivares
Ecografia de partes moles
Ecografia articulações
Ecografia parede abdominal
Ecografia prostata
Ecografia endovaginal
Ecografia trasnfontanela
Ecografia trasnretal
Ecografia pelve
Ecografia oftalmologica
Ecografia musculo
Ecografia trasnesofágica
Ecoddopler
Ecodoppler vascular
Ecocardiografia adulta
Ecocardiografia fetal
Outras
Limitações
A onda ultrassonográfica é uma energia mecânica muito fraca que não causa praticamente nenhum efeito biológico, motivo pelo qual pode ser utilizado em qualquer pessoa, inclusive gestante.
Isso acarreta em algumas limitações ao método, essas energia mecânica fraca, faz com que a onda não consiga penetrar através dos ossos ou gases (não consegue examinar os pulmões ou o intestino, quando cheio de gases). No exame do abdome as costelas podem dificultar o exame, requerendo que ele seja realizado através dos espaços intercostais.
Também, devido à fragilidade do feixe ultrassonográfico, à medida que ele penetra camadas e mais camadas dos tecidos, quando maior a espessura da parede abdominal e profundidade da cavidade abdominal, a onda vai perdendo sua energia e a resolução da imagem vai se deteriorando progressivamente. A experiência do médico que executa o exame ultrassonográfico e o tipo de equipamento utilizado também influenciam a qualidade do procedimento.
Referências
- CHAZAN, L. K., CAETANO, R. Pioneiros da ultrassonografia obstétrica no Brasil. Relatório de pesquisa de pós-doutorado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social, 2008.