Depressão na mulher

Depressão na mulher: entenda por que ela é mais comum

A população feminina é duas vezes mais propensa a desenvolver depressão clínica do que os homens. Até uma em cada quatro mulheres provavelmente sofrerá de um episódio de depressão maior em algum momento de sua vida.

A depressão clínica é um transtorno do humor grave e invasivo. Causa sentimentos de tristeza, desesperança, desamparo e inutilidade. A depressão pode ser leve a moderada, com sintomas de apatia, falta de apetite, dificuldade para dormir, baixa autoestima e fadiga.

Por que a depressão na mulher é maior do que nos homens?

Antes da adolescência a depressão é rara e ocorre aproximadamente na mesma proporção em meninas e meninos. No entanto, no início da puberdade, o risco de uma menina desenvolver depressão pode chegar ao dobro do risco no sexo oposto. Isso pode estar relacionado, principalmente, às mudanças hormonais que ocorrem ao longo da vida da mulher.

Essas alterações são evidentes durante a puberdade, a gravidez e menopausa, assim como após o parto ou um aborto espontâneo. Além disso, as variações hormonais que ocorrem com o ciclo menstrual de cada mês provavelmente contribuem para esse quadro.

O que aumenta o risco de depressão na mulher?

Fatores que aumentam o risco de depressão em mulheres incluem fatores reprodutivos, genéticos ou outros fatores biológicos, fatores interpessoais e certas características psicológicas e pessoais.

Além disso, as mulheres com jornada dupla e tripla de trabalho, acabam por desencadear sintomas de depressão. Outros fatores que podem aumentar o risco incluem:

  • História familiar de transtornos de humor;
  • História de transtornos de humor nos primeiros anos de reprodução;
  • Perda de um progenitor antes dos 10 anos de idade;
  • Estresse psicológico e social contínuo, como perda de emprego, estresse no relacionamento, separação ou divórcio;
  • Abuso físico ou sexual na infância;
  • Uso de determinadas substâncias químicas.

As mulheres também podem sofrer de depressão pós-parto após o nascimento de um filho. A depressão pós-parto é uma condição que pode surgir nos 12 primeiros meses após o nascimento da criança e pode se apresentar através de características de diversos transtornos emocionais. 

Como a depressão nas mulheres difere da depressão nos homens?

A depressão feminina se difere da depressão em homens de algumas maneiras, entre elas:

  • A depressão nas mulheres pode ocorrer mais cedo, durar mais, ter maior probabilidade de ocorrer novamente, estar associada a eventos estressantes da vida e ser mais sensível às mudanças sazonais.
  • É mais provável que as mulheres se sintam culpadas e pensem em suicídio com mais frequência, embora ajam menos em relação a isso do que os homens.
  • A depressão feminina tem maior probabilidade de estar associada a transtornos de ansiedade, especialmente a sintomas de pânico, fobia e transtornos alimentares.

Quais são os sintomas da depressão nas mulheres?

Os sintomas de depressão na mulher incluem:

  • Humor triste e ansioso ou um sentimento de inutilidade;
  • Perda de interesse ou prazer em atividades, incluindo o sexo;
  • Sintomas físicos persistentes que não respondem ao tratamento, como dores de cabeça, distúrbios digestivos e dores crônicas;
  • Baixa energia, cansaço;
  • Dificuldade em se concentrar, lembrar de coisas importantes ou tomar decisões;
  • Agitação, irritabilidade ou choro excessivo;
  • Sentimentos de culpa, impotência, desesperança, pessimismo;
  • Perda de apetite e/ou perda de peso tanto quanto o aumento do apetite e ganho de peso;
  • Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio.


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