O envelhecimento é um processo natural. Embora saibamos disso, nem sempre conseguimos lidar com os desdobramentos e as alterações que ele proporciona ao corpo e à mente. A depressão, de acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, é uma das doenças que mais afeta os indivíduos idosos (pessoas com 60 anos ou mais).
Em um país com quase vinte milhões de idosos, essa informação causa preocupação e necessidade de cautela.
Este artigo trata um pouco mais sobre a questão e faz sugestões de algumas ações que podem ser tomadas. Se você gostaria de saber mais sobre a temática, leia o texto abaixo.
O que é depressão?
Pelos termos do Ministério da Saúde, a depressão é uma doença de ordem psiquiátrica que afeta o emocional do indivíduo atingido, o qual passa a apresentar sintomas como tristeza profunda, pessimismo, falta de apetite, ausência de ânimo, baixa autoestima.
Os sintomas podem combinar-se entre si e oscilar em frequência, mas são sempre incidentes em uma pessoa depressiva. Outros indícios são:
- oscilação de humor, com momentos de euforia e de reclusão;
- dificuldade para dormir ou sonolência constante;
- dificuldade de concentração e de manter o foco;
- sensação de que nada faz sentido, que pode ou não ser acompanhada da perda de prazer por atividades que costumavam ser agradáveis;
- em casos mais extremos, pensamentos, planejamento ou comportamento suicidas.
Idosos e a depressão: qual é a relação?
A depressão é mais comum em indivíduos que sentem que foram apartados da sociedade ou da própria família. Um exemplo são os idosos em casas de repouso ou asilos e também aqueles que, por motivos mais fortes, estão hospitalizados.
Pessoas que nunca tiveram sintomas depressivos podem desenvolvê-los com o surgimento das dificuldades oriundas do envelhecimento, como a perda do papel social, as limitações trazidas por perdas ósseas ou doenças múltiplas e os problemas cognitivos.
É necessário ter mais atenção às pessoas que já apresentam problemas com a doença, uma vez que a depressão prolongada pode se tornar crônica. Assim, se uma pessoa passa a vida inteira lidando com a enfermidade, é possível que tenha que redobrar os seus esforços durante a terceira idade.
Prevenção e tratamento: o que o idoso pode fazer para melhorar?
É preciso prezar pelo envelhecimento saudável. Quando aliam-se prática de atividade física, alimentação de qualidade e bons hábitos (dormir cerca de oito horas de sono por noite, evitar bebida alcoólica, não fumar, etc.), investe-se em bem-estar e longevidade.
O tratamento para os quadros já instaurados consiste não apenas em intervenção medicamentosa, mas em psicoterapia e alteração significativa de rotina. Ocorre a inserção de exercícios, esportes, atividades que incentivem a socialização e a movimentação corporal, etc.
A presença da família é importantíssima durante todos os momentos do tratamento, uma vez que sentir-se querido e perceber a aproximação dos familiares costuma ajudar na recuperação da autoestima. Além disso, estimula a capacidade de comunicação pessoal, auxilia na prática de novas atividades e promove melhoras no humor do indivíduo.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Goiânia!